sábado, julho 15, 2006

Acontece

Não me abro fácil assim
Culpa da minha criação
Não estou justificando
Estou explicando
Queria dizer tudo
Mas não consigo
Me travo
Desvio
Evito

Acontece, mas um dia eu deixo acontecer

Eu e o ato

Corro para o penhasco
Aperto o passo
Corro mais rápido
Acelero ao máximo
Escuto meus passos
Vou para o penhasco
No momento de saltar
Eu paro...
Cheio de medo
Não foi dessa vez
Não consegui me jogar
Paro na borda do penhasco
Olho pra cima

Mas não consigo me jogar

Palavras Lançadas 2

Você não entendeu
Nem de perto a verdade te mordeu
Ve quem quer e o que quer
Sem dor sem ressentimento
A vida da volta
No mesmo ponto amanhã
Quem sabe o que pode rolar
Ainda vamos dar muita risada juntos
Como fomos tolos
Crianças brincando de gente
Achando ser gente
Mais preocupados com as dores
Que com os prazeres
Você acha que eu viajo
Eu digo que falta isso em você
Vai, vai ver o mundo
Se solte das amarras
Sofra de verdade
Ame de verdade
Sinta a verdade
A sua verdade
Vou fazer o mesmo
Do meu jeito
De brincadeira a gente vive
Mas viver a sério também faz bem
Seja como for
Busque o equilibrio
Enlouqueça sempre que preciso
Não estarei mais longe que um momento
Sou real, virtual ou mental
Me abrace
Me escreva
Se lembre de mim

Hoje eu acordei
Enchi os pulmões
E soltei bem alto
AGORA FUDEU!!!
Sem panico
Só fudeu
Nada de mais

Você me estende sua mão
Não a quero
Não preciso
Posso levantar
Não é isso
Não por isso
É que as vezes
O orgulho me machuca
Como um espinho no olho
Uma dor que não quer passar

Quem sabe se amanhã tudo volta ao normal
Se não voltar que mal faz
Mudança de horas mudam meus momentos
Se não me quer nada posso fazer
Querer é interno nada posso tocar
A vida vai ser assim
Caminhos tortos numa serra com neblina
Quem anda devagar chega
Mas atrasado para festa
Se acelerar vai chegar
Se não errar a curva e se estatelar

Cuidado

Armadilhas armei
Tramas enrelaçadas
Artimanhas Elaboradas
Charadas desconexas
Insanidade brutal
Lógica deturpada
Racionio torto

Tudo isso para você não passar!