Ando

Ando corrido
Ando cansado
Ando azedo
Ando sonado
Ando desanimado
Ando triste
Ando superficial
Ando confuso
Ando longe
Ando ausente
Ando preocupado
Ando principalmente...
...sozinho

Lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá

Tenha tom, mantenha a linha.
Você sabe do que é capaz,
Não é esse desafio que te desalinha
Você é maior, não faça fita
Vencer é seu destino,
não desanima!

Viajar

Viajo nas ondas da minha mente
Elas me levam a muitos lugares
Viajo parado, sem sair do lugar
Isso também é viajar, mesmo sendo no mesmo lugar

Mas queria mesmo era estar na Ilha Grande!

Lua e Flor — Oswaldo Montenegro

Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor.
Eu sonhava como a feia na vitrine,
Como carta que se assine em vão.

Eu amava como amava um sonhador,
Sem saber porque, e amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia não amanhece não.

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar.
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar


Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor.
Eu sonhava como a feia na vitrine,
Como carta que se assina em vão.

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar.
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te contar.

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar.
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te contar.

Meus pés

Caminho seguindo meus pés
Eles me levam a lugares que não conheço
Me fazem viver situações novas
Nunca sei onde vou parar
E na verdade não me importo
Me basta seguir meus pés
Eles são loucos
Mas são meus loucos
Mas sou eu o louco

Princípio da Inconstância

Hoje fico contigo.
Amanhã eu sumo
Hoje sou seu
Amanhã serei lembrança
Hoje faço suas vontades
Amanhã nem te escuto
Hoje te dou minha alma
Amanhã cuspo na cara

Caminhando torto

Sigo a vida, quando devia acompanha-la
Procuro motivos, onde deviar aproveitar
Quero explicações, ao invés de aceitar.
Vivo torto, sem saber como mudar.
Uma luta eterna entre saber o que fazer e meu querer.
Quem é o vencedor acho que nunca vou saber...

Que chato...

Que um dia, a felicidade me atinja como uma pedra
Que me leve ao chão, cheio de emoção
Me dando vontade de gritar a pleno pulmão
Eu tenho coração e ele bate com razão
Sentindo essa simples emoção

Enquanto isso sigo azedo...

Fuga de avestruz

Viajo com a luz
Só que vou mais rápido
Não penso, só vou
Viajo rápido
Como se fugisse de mim mesmo
Uma fuga fadada ao fracasso
Pois sou o único que não pode fugir de mim mesmo

Tum tum tum

Tum tum tum
É isso que Zibilispops escuta com seu ouvido encostado no chão, ela não sabe o que é, mas está curioso, será que ee uma pulga gigante? Ou seria um feijão saltador?
Ele se levanta e tenta saber de onde vem o som, nada escuta, puro e absoluto silêncio, ele deita de novo e encosta sua orelha no chão, e novamente ele escuta, tum tum tum, cadenciado, frequente. Isso o intriga, parece um sons familiar, um tanto acolhedor. Ele conhece aquele som, só não consegue lembrar.
Ele se senta e medita sobre isso, Horas se passam e ele continua meditando, a iluminação não vem.
Ele sai de seu transe, e volta a deitar, o som parece mais calmo, mais familiar.
Como uma pedra a iluminação o atinge, agora ele percebe, ele sabe que som é aquele, era tão óbvio, era apenas seu coração que batia.