quinta-feira, julho 06, 2006

Confissão de um parafuso

Eu vivia bem apertado na cabeça de um menino
ele era responsável
diria até
zeloso em excesso.
Um dia por descuido meu
me soltei um pouquinho
reparei que ele começou a sorrir mais.
Por curiosidade
fui me soltando cada vez mais.
Cada vez que eu ficava mais frouxo
o menino ficava mais alegre.
Quando estava caindo da cabeça dele
percebi que não faria falta.
Mas faria diferença não estando lá.
Hoje sou um parafuso solto
mas com muito orgulho.

Pé no chão sim, pés não!!!

Pense na recompensa
Não esqueça a consequência
Jogue a vida para cima
Como um gato
Ela cai de pé
Reverencia a vida
Ela é uma força irresistível
Viva bem
É de direito
Aprenda
A pensar menos
Lembresse sempre
Para dar um passo
Pelo menos um pé fica no ar

Tempo

Bateram doze badaladas
Doze vezes o mesmo som ecoou
Convenção humana
Diz que o dia é findo
Do novo dia nada se ouve
Ele se arrasta lentamente
Tentando ganha velocidade
O gato anda no muro
A luz da lua ilumina uma alma
Dia novo
Dia findo
Na sequência do tempo
Uma badalada de longe
Caminho sendo eu
Melhorando a cada passo.

Convite

Venha até aqui
sinta meu coração
diga o que quer falar
pegue na minha mão
mostre seus desejos
olhe nos meus olhos
tire a máscara
decifre minha essência
abra sua alma
veja minha cicatriz
conte suas vantagens
observe meu defeito
faça seu movimento
entenda o que eu sinto
minta a seu respeito
invada meu sonho
more lá dentro.