sábado, setembro 30, 2006

Músicas que dizem algo

Metade
Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.
Quer as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo.
Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço.
Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também

sexta-feira, setembro 29, 2006

Músicas que me dizem

Caminhos Me Levem
Almir Sater


Amanhã bem de manhã
Vou sai caminhando ao léu
Só vou
seguir na direção
De uma estrela que eu vi no céu
Pra
que fingir que não devo ir
Caminhos me levem
Aonde
quizerem
Se meus pés disserem que sim

Vejo
alguém seguindo além
Eu aceno com meu chapéu
Pois
tanto faz de onde ele vem
Pode ser algum menestrel
Que
vai e vem, sempre
Sem ninguém
Caminhos me levem, aonde
puderem
Se teus pés quizerem assim

Mesmo me
afastando de você
Sei que não te deixo me esquecer
Mas
tente compreender minhas razões

Já faz um tempo
Em que eu vivi
Feito linha de um carretel
Olhei em
volta então me vi
Prisioneiro de um anel
Não
resisti
Foi bem melhor partir
Perigos me esperam
Abrigos não quero
Que meus pés decidam
Por mim

Mesmo me afastando de você
Sei que não te deixo me
esquecer
Mas é nosso dever fazer canções

quinta-feira, setembro 28, 2006

Fim de dia

Hoje quando estava voltando pra casa, fui abordado no metrô, por uma criatura feia e mal cheirosa, ele me olhava como se pedisse minha ajuda, chegou perto de mim e disse algo que não escutei, não podia escutar, estava com fones de ouvidos, por um momento até cogitei a idéia de ignora-lo, mas decidi tirar um dos fones,o dialogo que se seguiu foi mais ou menos assim:
— Eu estou vivo?
— Pelo que eu vejo, sim.
— Você acredita em Deus?
— Não, não acredito em deus, sou ateu.
— E no demônio?
— Se Deus não existe, o demônio muito menos.
— Sabe eu não vivo mais, estou na rua, não sei pra onde vou.
— E?
— Já vivi, tinha mulher, carro, emprego, hoje não tenho mais nada, não sou nada.
— O que aconteceu?
— Eu era forte, não era assim — ele arregassa a manga do moletom e e mostra um braço magro, quase osso e pele — não era nenhum Van Dame, mas eu era forte.
— Aham
— A droga acabou com a minha vida.
— Não, a drogas não acabou com a sua vida, você ainda está vivo.
— Mas a a drogo é do demônio!
— Não, a droga é do homem, é ele que faz, é ele que consome. a vida é a consequência do que você fez e faz.

E assim seguiu um diálogo de bons conselhos e amenidades durante mais ums 10 minuto. Mas o que eu pensei é que se eu tivesse entregado os pontos, eu poderia ser ele.
Afinal de contas, cair, todos caem um dia, o grande negócio é sempre se levantar, por mais doloroso que seja, ainda é melhor que ficar no chão esperando a morte chegar.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Abismos

Zibilispops chegou muito perto do abismo...
...e agora o abismo conversa com ele:
— O que vem fazer aqui pequenino?
— Não sei, apenas estava querendo ver se o senhor tinha fundo.
— Humm, curioso você. Chegue mais perto, e veja se tenho fundo.
— Não dá pra ver, está muito escuro, parece bem fundo.
— Desça um pouco, assim sua vista acostuma com a escuridão e você poderá ver se tenho fundo.
— Não quero descer, só quero saber se o senhor tem fundo, seria muito mais fácil se o senhor me falar.
— Seria, mas não seria uma lição que você nunca esqueceria.
— Sim, até concordo, mas de que me adiantaria saber algo assim, tipo, será que o abismo tem fundo???
— Não sei, me diga você.
— Quer saber, nem quero saber mais se o senhor tem fundo ou não, isso é problema seu!
— Volte aqui pequenino...
Zibilispops vai se afastando, a voz do abismo vai diminuindo, e ele pensa com seus botões:
— Puta que pariu, essa é a última vez que passo perto de um abismo. Você olhar pra ele e ele te olhar, não é tã ruim, ruim mesmo é que eles sempre querem conversar e sempre vem com esse mesmo papo, chegue mais perto etc. e tal!Abismos são chatos pacas!

terça-feira, setembro 26, 2006

Reflexões no alto da montanha

Ele está triste, está sentado no alto da montanha, comtemplando suas cagadas.
Ele parou pra pensar e percebeu que o que mais queria, não era mais possivel.
Ele empenhou suas forças de maneira errada, como se não soubesse o que fazer, parou quando devia ter seguido, seguiu na direção errada, falou o que não devia, calou quando devia gritar, assim foi errando, sem acertos, puro medo.
Agora que passou, ele vê que não teve forças pra vencer seus medos, foi fraco.
Ele não fez nada direito, quando acordou nada mais podia ser feito.
Agora ele está no alto da montanha sozinho, pensando qual é o seu caminho...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Segunda Feia!!!

A vida dá voltas
Se planto meus medos
Colho minha derrota

quarta-feira, setembro 20, 2006

Case-se comigo
Vanessa Da Mata

Composição: Liminha e Vanessa da Mata

Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não pareça tåo bom pedido
Antes que eu padeça
Case comigo
Quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim
Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido
Meu príncipe, meu hóspede, meu marido
Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não me apareça tão bom partido
Case-se comigo
Antes que eu padeça
Case comigo
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim!

terça-feira, setembro 19, 2006

Psico em analise

Sei lá porque, mas eu escuto você.
Cada palavra entra e me faz pensar, isso é bom, pois tinha esquecido como se faz.
Posso não concordar com tudo, mas aprendi a escutar, analisar e aproveitar.
Assim vou crescendo, vivendo, aprendendo, sendo criança na minha brincadeira.

Músicas que me dizem

Não Chore Homem
Vanessa Da Mata

Composição: Vanessa da Mata

Você me dá muito pouco
E eu vou embora
O que você me deu
Vou jogar fora
O que presta pra mim
É afeição
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Eu quero alguém bem melhor
E mais bonito
Alguem que nem você eu não preciso
O resultado disso é solidão
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Não chore homem...

Mas as coisas não são assim
Não é vovó?
São coisas que a gente não escolhe nunca
As coisas do coração
Não é vovó?
Elas são como são ou a gente muda?

Amanhã eu não quero confundir
Atração sexual com ilusões de amor puro

Não chore homem...

sábado, setembro 16, 2006

Ela X Ele Na Cidade Sem Fim
Vanessa Da Mata

Ela não tem preço
Nem vontade
Ela não tem culpa
Nem falsidade
Ela não sabe me amar
Ela não tem jogo
Nem saudade
Ela não tem fogo
Nem muita idade
Ela não sabe me amar
Ela não saberá

Coisa de amor
De irmão
Que ela insiste e que me dá
Toda vez que eu tento
Ela sofre
Poderia ser medo
Mas como é possível

Mas então seu amor não é meu
Nem eu o seu
Pois então que será minha amada
Amadora?

Ele não tem preço
Nem vontade
Ele não tem culpa
Nem falsidade
Ele não sabe me amar
Ele não tem jogo
Nem saudade
Ele não tem fogo
Nem muita idade
Ele não sabe me amar
Ele não saberá

Mas então seu amor não é meu
Nem eu o seu
Pois então que será meu amado
Amador?

Se eles não têm pose
Nem maldade
Eles não têm culpa
Nessa cidade
Eles não sabem amar
Coisas da vida

sexta-feira, setembro 15, 2006

Sem sentido

Caminho pela floresta
pareço perdido
Mas não me sinto perdido
Não estou me procurando
Apenas vou avançando
Sem rumo
Mas seguindo um caminho

quinta-feira, setembro 14, 2006

Aviso

CARO PEQUENO AMIGO

Você realmente me irrita, parece que não é meu amigo.
Faz tudo para me ver pra baixo, que eu me lembre quando você precisou eu te ajudei a subir, por que você quer me derrubar mais ainda? Não basta me ver por baixo, ainda tem que tirar seu barato a qualquer custo?
Você não tem noção do que diz, e ainda menos ainda de timing.
Se você queria perder minha amizade ou somente ver o melado escorrer do seu nariz, posso te dizer que, o primeiro você alcançou e chegou perto do segundo, tão perto que uma mosca não passaria.
Então peço pelo meu bem, pois não quero me rebaixar ao seu nivel.

NÃO ME CHAME, NÃO ME LIGUE E SE POSSÍVEL, NEM PENSE EM MIM.

Um último toque, não me bloquei, apague logo, eu já apaguei.

Aqui não cabem comentários, nem aqui nem ao vivo!

quarta-feira, setembro 13, 2006

Diálogos Irreais

— Eu te amo!
— Com quem você tá falando?
— Com o aspargo, oras!
— E ele responde?
— Lógico que não.
— E você falou "eu te amo", pro aspargo?
— Pra quem mais eu falaria?
— Sabe...vocês até que formam um belo casal.

terça-feira, setembro 12, 2006

Re-forma Geral

Se é pra descompensar
vou radicalizar
Parei de fumar

segunda-feira, setembro 11, 2006

Mudança de rumo

Na leveza do meu ser
Energias se redirecionam
Paisagens mudam
Opções se abrem
Me movo nas alturas
Vejo melhor a realidade
Mudanças exigem força
Mudanças as vezes doem
Mas são tão necessárias
Quanto o ar que respiro

sábado, setembro 09, 2006

Desprendendo você

Em meu abandono, fico pensando que você se afastou. Fico me culpando, tentando me culpar.
Sei que disse algumas coisas que você não gostou, você não me conhece, nem se deu ao trabalho de ver o que tinha por trás disso.
Não peço desculpa, se eu não me fiz claro, é que você não me deu abertura.
Essa culpa não tem dono nem responsável, somos dois loucos que não se entendem.
Eu te cutucando e você me empurrando. É loucura, pura insanidade.
Perco eu, não sei se perco você, mas se eu perder, o que fazer?
Terei que aprender a me desprender.
Sentirei falta da sua inteligência, das suas palavras, das suas verdades e principalmente da sua sinceridade.
Sinto falta dos seu abraço, do seu sorriso, da sua cia.
Paciência, você muito me é cara, amiga.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Músicas que dizem algo

Verdadeiro Amor
GrupoRumo

Composição: Luiz Tatit

Você mexe nos momentos meus
que já estavam tão longe
e traz tudo de volta
e agora o que é que eu faço com
isso tudo aqui?
tem sido tão desconcertante
que eu fiquei sensível
e agora você fala comigo brincando
mas não dá risada
já penso que é sério
me envolvo com a história
e sofro meu bem
tanto que quando depois
você ri não adianta
me aperta um nó na garganta
você tem esse modo de ser
ai meu deus, tão sereno
e eu tenho pressa, estou sempre na frente
e você não acelera o passo
no entanto é irresistível ver você já machucado
insistindo pra que eu vejo
onde se situa o verdadeiro amor

quinta-feira, setembro 07, 2006

Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran

Amor e seu tempo

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

terça-feira, setembro 05, 2006

Riminha besta

Vou mudar
Vou ousar
Quero ver você corar

Olhe bem
Preste atenção
Pois te dou meu coração

Pense sorte
Lance forte
Pode ser que você se corte

Loucuras do Zibilispops

Zibilispops agora tem uma profissão, ele é fotógrafo, durante dias ele aprendeu a arte da fotografia.
Ele fotografa de tudo, do dedo até a pedra do asfalto, um dia ele se interessou por fotografar gente louca, ele acha engraçado a ausencia de normalidade, na verdade ele gostaria de saber como é a loucura.
Um dia desses caminhando entre loucos, ele encontrou um jovem sabio, que lhe mostrou como era fácil ser louco temporariamente.
Era uma jornada longa, mas ele seguiu firme por ela, atingiu a loucura desejada, mesmo ela sendo temporaria.
Sei lá porque ele gosta da tanto loucura, mas que ele gosta ele gosta.
Uma vez ele me confessou que gostava de ver as coisas respirarem, ele diz que o chão respira, que as arvores dançam, que o mundo brilha e que ele é alegre.
De verdade, eu queria saber o que ele sente? Será que ele alucina que é deus ou será que pensa que é uma pedra? Será que ele pensa?
Agora diz a lenda que ele fotografa os loucos só até a chegada da loucura, quando ela chega ele para de fotografar os loucos para se juntar a eles, deixando a tarefa de fotografar para outro louco que esteja por perto.
Parece bom, parece mentira, mas a verdade ele não conta, ele só sorri.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Pensar, pensar, pensar e pensar mais um tanto!

O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa. (Autor desconhecido)

Acho que tenho optado por ficar em um estado não natural, isso não é bom, pelo menos não tem sido.

domingo, setembro 03, 2006

Levado pelo vento

Eu chamei!
você não veio.
Nunca respondeu...
Não escutou? Se esqueceu?
Ou simplesmente não entendeu?

sábado, setembro 02, 2006

Largado na vala

Eu na minha desistência, penso que não existo, por isso não insisto.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Etariamente Genérico

Olho pra você
Analizo você
Quase consigo entender
Essa ansia em viver
Que consome seu ser
Dizendo a si:
— Não tenho tempo a perder!

Vai! Corra! Viva!
Tenha toda gana pela vida
Não sei se resolve
Ou o que resolveria
Mas continnuar tentando
é não desistir da vida
Quem sabe amanhã
ou depois
Você se entenda
com a vida